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sexta-feira, 8 de maio de 2020

Sem celular e TV, alunos da rede pública de SP temem perder o ano: 'Não quero repetir'

Moradores da Viela do Jacaré, na Zona Sul da cidade de São Paulo, relatam não terem acesso à internet para acessar o aplicativo e as aulas à distância promovidas pelo estado. Muitos deles não têm celular ou televisão para acompanhar o conteúdo. 
Os alunos também afirmam que não receberam orientação sobre o cronograma de aula. Rafaela, de 11 anos, lamenta não ter acesso às aulas e teme perder o ano. "Eu tenho medo de repetir de ano, eu nunca repeti de ano." Além das aulas, Rafaela também está sem água. Todos os dias, ela precisa pegar um balde e recolher água para levar para casa. 

As crianças menores também sentem faltam da escola. "Dos amigos também. Por causa desse coronavírus, a gente não está vendo os nossos amigos. Até da professora a gente está com saudade." 

Alana, mãe de três crianças em idade escolar, foi buscar o material dos filhos para o ensino à distância. Como não tem internet, ela não conseguiu baixar o aplicativo do governo do estado. Quando conseguiu, o app não funcionava, Sem orientação, procurou a professora que afirmou que o aplicativo tem inconstâncias, mas que a recomendação é "ir tentando". 
A mãe tentou ajudar os filhos com o material didático, mas sem as respostas ela não sabia as crianças acertaram as questões. Ela também afirmou que não foi orientada com o cronograma e optou por começar pela aula de português. 
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Alana tentou ligar para o número de ajuda oferecido pela Secretaria de Educação, mas não conseguiu a orientação necessária. Pelas redes sociais da escola, os filhos acompanharam as aulas online, mas garantiram que o conteúdo não é o que estavam aprendendo. "A gente já estudou isso. Assim, a professora já falou disso."  
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação afirmou que trabalha para que todos os estudantes tenham acesso aos conteúdos das aulas durante o período de quarentena -- seja pelo aplicativo, pela televisão ou pelo material do kit escolar. Segundo a SEE, os canais de comunicação e as mais de cinco mil escolas do estado estão à disposição para ajudar os pais e alunos.

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