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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Mudanças no Minha Casa, Minha Vida diminuem chances de subsídio


A possibilidade de financiamento de imóveis que foi dada por meio do programa Minha Casa Minha Vida foi uma das mais eficazes para a aquisição do próprio imóvel, principalmente para trabalhadores que ganham até R$ 2,5 mil. No entanto, o programa sofrerá alterações a partir do dia 1° de março, no que diz respeito às faixas 1,5 e 2 do Minha Casa Minha Vida.
As faixas do programa determinam a renda que o trabalhador deve ter para que consiga financiar seu imóvel dentro das regras oferecidas pela Caixa Econômica Federal (CEF). Atualmente, encaixam-se na faixa 1,5 do programa as pessoas que recebem até R$ 2,5 mil, e estão dentro da faixa 2 do Minha Casa Minha Vida as pessoas que recebem até R$ 4 mil mensal.
A partir de março, a renda permitida para que o trabalhador se encaixe nas faixas 1,5 e 2 do programa será de R$ 1,8 mil e R$ 1,2 mil, respectivamente. Essas mudanças criam um novo momento para o setor, já que restringem a possibilidade da compra da casa própria com o subsídio integral do programa para faixas de renda mais elevadas.
As mudanças que estão sendo feitas no programa são revisões para alinhar o Minha Casa Minha Vida às novas diretrizes do Ministério do Desenvolvimento Regional através da Secretaria Nacional de Habitação Integral.
De acordo com as informações repassadas pelo diretor do Sindicato da Indústria da Construção Civil do RN (SINDUSCON/RN), Carlos Henrique, os consumidores que têm rendas superiores ao que determina as faixas do programa e ainda quiserem ser contemplados com o subsídio integral ofertado devem fechar negócios até o dia 28 de fevereiro.
Carlos Henrique, que também é diretor de uma construtora em Mossoró, informa que os empreendimentos que têm como público-alvo as pessoas que se encaixam nas faixas do programa que tiveram alteração terão de se adequar às novas regras. Ele explicou ainda que essa alteração diminui a quantidade de pessoas que podem ser beneficiadas com o programa.
 “Os empreendimentos que têm como alvo as faixas 1,5 e 2 terão de se adequar, e os usuários que quiserem ser contemplados com o subsídio integral não poderão ter renda superior a R$ 1,2 mil para a faixa 1,5 e R$ 2 mil para a faixa 2. Isso diminui a quantidade de pessoas e famílias que podem ser contempladas pelos benefícios dessas faixas”, é o que lembra o diretor da construtora Cageo, Carlos Henrique.
Com juros subsidiados pelo Governo Federal, com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o programa Minha Casa Minha Vida foi utilizado por milhões de brasileiros, pois contempla famílias de baixa renda que não teriam outra oportunidade de realizar o sonho da casa própria.
O programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) foi criado em 2009, com o objetivo inicial de construir 1 milhão de residências para famílias com renda de até 10 salários mínimos. Nestes 10 anos de projeto, o programa já entregou mais de 10 mil unidades habitacionais apenas em Mossoró. A maior parte dos imóveis contratada em Mossoró está inserida na faixa 2 do MCMV, que, até o final de fevereiro, contempla famílias com renda de até R$ 4 mil.
Já na faixa 1,5 que contemplava famílias com renda de até R$ 1,8 mil, financiando imóveis em até 120 meses com prestações mensais que variam de R$ 80,00 a R$ 270,00, foram 4.978 unidades contratadas, sendo 3.518 através do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR); 650 por meio do FAR Urbanização e 496 através do MCMV Entidades, que se destina à concessão de financiamentos a pessoas físicas, contratados sob a forma associativa.

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