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domingo, 12 de março de 2017

"Ambos são crimes", diz Barroso sobre caixa dois e corrupção

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Depois de declarações polêmicas sobre a diferenciação, ou não, entre caixa dois e corrupção, que ganharam destaque nas últimas semanas, após delações premiadas voltarem a apontar o envolvimento de políticos em esquema de recebimento de dinheiro, dessa vez foi o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), quem falou.
Para ele, de fato pode existir uma diferença entre as duas situações sitadas, porém, as duas são consideradas crimes. "Ambos os casos são crimes”, destacou o ministro à coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
Na contramão da opinião de Barroso, Gilmar Mendes defendeu que o "caixa 2 tem de ser desmistificado", durante entrevista à BBC Brasil. Para o ministro, a prática "necessariamente não significa um quadro de abuso de poder econômico".
Ele ainda considerou que as empresas fazem a "opção" de doar para campanhas por meio de caixa 2 para evitar serem achacadas por outros políticos. "A princípio, para o candidato seria indiferente, seria até melhor que ele recebesse pelo caixa 1", reforçou.
A mesma linha de pensamento foi defendida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ao divulgar nota em defesa do senador Aécio Neves, que segundo o delator Benedicto Barbosa Júnior teria pedido R$ 9 milhões em caixa dois.
“Há uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa dois para financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento pessoal, crime puro e simples de corrupção”, avalia Fernando Henrique Cardoso.

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