As mudanças propostas para reformulação do ensino médio podem trazer
também um novo modelo para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Com a
intenção de flexibilizar a trajetória dos alunos, o Ministério da
Educação (MEC) terá que pensar também em formas de avaliar as ênfases de
formação. Uma das possibilidades é que haja modelos diferentes de Enem,
mais direcionados para o que os estudantes aprenderam na etapa de
ensino. As possíveis mudanças não valerão para o Enem de 2016.
O governo quer aprovar a reforma do ensino médio até o final do ano.
Hoje (22), às 15h, o presidente Michel Temer deverá anunciar o texto que
será enviado para a aprovação do Congresso Nacional. Uma das
possibilidades é o envio de uma medida provisória, que passa a valer
assim que for publicada no Diário Oficial e tem 120 dias para ser
aprovada ou não no Parlamento.
De acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Educação
(Consed), o texto final ainda não foi disponibilizado aos secretários
estaduais, responsáveis por essa etapa de ensino, mas grande parte das
sugestões dadas pelos gestores foi acatada. A intenção é que o ensino
médio tenha, ao longo de três anos, metade da carga horária de conteúdo
obrigatório, definido pela Base Nacional Comum Curricular – ainda em
discussão. O restante do tempo deve ser flexibilizado a partir dos
interesses do próprio aluno e das especificidades de cada rede de ensino
no Brasil.
Os alunos poderão escolher seguir algumas trajetórias: linguagens,
matemática, ciências da natureza e ciências humanas – modelo usado
também na divisão das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Os secretários propõe ainda a inclusão de um quinto eixo de formação:
técnica e profissional.
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