Sindicato prevê falta de combustível em postos no fim de semana se greve seguir

 

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) ainda não tem um balanço de quantos postos de Belo Horizonte e do restante do Estado estão sem combustível devido à greve dos tanqueiros, porém prevê que a situação pode se deteriorar neste final semana, caso o movimento continue.  

“A situação piora a cada hora que passa. Mantendo-se a greve, muitos postos não terão produtos já neste sábado e domingo”, avaliou o sindicato, por meio de assessoria de imprensa. A entidade representa cerca de 4.500 estabelecimentos ao redor de Minas. O órgão diz ser solidário à pauta dos grevistas, mas aponta que este não é o momento para uma paralisação, dado o cenário da pandemia de Covid-19 “e as dificuldades que a população e todo o setor produtivo enfrentam”. O Minaspetro defende que o governo de Romeu Zema (Novo) congele o cálculo da média de preços do combustível no Estado, que é utilizado para a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e aumentará pela oitava vez consecutiva na próxima segunda-feira (1º).

O Minaspetro esclarece que não é possível quantificar quantos postos já sofrem com desabastecimento, já que entidade não realiza pesquisas junto a cada revendendor para quantificar o estoque

Na tarde desta sexta-feira (26), um posto no bairro Jardim Atlântico, na região da Pampulha, já não tinha combustível e, segundo um frentista, não havia previsão de reabastecimento. Tomando café, ele ficou na entrada do posto para avisar da falta aos vários motoristas que perguntavam.

Com a visão do posto sem filas, alguns se aproximavam, esperançosos, mas se decepcionaram. Foi o caso do consultor de vendas Erenilton Peixoto, 37. Se a greve for para ter preço justo, concordo plenamente. Sempre que questionei por que, com a gente tendo refinarias aqui, pagamos combustível mais caro que em alguns lugares do Brasil", disse.